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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Plantas Medicinais - Cardo-Santos

Maze  

Cardo - Santos (Argemone mexicana L.), também conhecido como: Cardo Bento, Cardo Mexicano, erva-de-cardo-amarelo, Papoula do México e papoula-de-espinho.

A medicina popular de todos países tropicais, especificamente Índia e México, usam a raiz e a parte aérea para tratamento da inflamação da bexiga.

Do seu látex, contra úlceras e inflamações oculares e das folhas como emoliente e anestésico.

Nos casos de dor-de-dente e abscessos nas gengivas, usa-se o chá na forma de bochechos.

O chá é feito, fervendo-se uma colher das de sopa de folhas trituradas em água suficiente para uma xícara das médias.

Como medicação calmante e narcótico, nos casos de insônia e inquietação nervosa e indicado o infuso, preparado adicionando-se uma xícara das média de água fervente sobre uma colher das de café das sementes bem trituradas.

Doses maiores servem como purgativo e vomitiva.

A analises fotoquímica desta planta registra para as sementes um óleo fixo (20-40%) derivado do ácido linoléico, cetoacidos e outros ácidos graxos de cadeia saturada maior e, flavonóides sendo a luteolina o principal.

A torta é rica em proteína mas seu uso alimentício é prejudicado pela presença de alcalóides isoquinolinicos tóxicos que podem provocar degeneração progressiva e necrose nas células do fígado.

Em pesquisas produtores de mostarda para alimentação humana, a intoxicação é muito comum, devido a mistura destas sementes com as de argenmone (cardo-santo) que tem o mesmo tamanho e são coletadas juntas pelas colhedeiras mecânicas.

A ingestão do óleo contaminado, provoca edema das pernas, fígado crescido, ataxia e glaucoma.

O óleo das sementes é útil na agricultura por ação contra nematóide do solo meloidogyne incógnita.

A analise fotoquímica registrou nas folhas e uso látex a presença dos triterpenóide beta-amirina e de vários glicosídeos flavanicos da quercetina e da ramuetina, ácido vanilico e uma mistura de aminoácidos.

Diferentes efeitos farmacológicos da planta foram observados nos ensaios efetuados.

·   O extrato aquoso das folhas, mostrou atividade antiinflamatória, a infusão aquosa das flores induzem, forte contração do músculo aórtico e inibição dos movimentos dos intestinos, além do relaxamento do bônus muscular.
·   Em preparações com órgãos isolados de animais de laboratório, induzem também, sonolência, aumento da freqüência respiratória, sedação, diminuição da motilidade, passividade, alienação, catatônica e potencializou o sono barbitúrico, provavelmente por ação dos alcalóides.
A berberina é citada também, como principio ativo de outra planta medicinal Berberes vulgares L., usada na terapêutica alopática e na homeopática.

Aconselha-se muito cuidado no uso, tendo em vista os efeitos colaterais hepatotóxicos.


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