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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Resumo seminario sobre Umbu

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSANIDADE
Disciplina: Entomologia Aplicada
Prof. Jacinto de Luna Batista
Aluno: José Arivalter Araújo
Seminário sobre Umbu

Spondias tuberosa Arruda (Família Anacardiaceae)

A palavra imbu e a variação umbu têm origem no tupi-guarani “Y’m’bu”, que significa “árvore que dá de beber”, em alusão à água contida nas túberas, que era consumida pelos índios que habitavam as caatingas.

O umbuzeiro não é apenas uma simples frutífera nordestina; ele é, antes de tudo, um destacado representante das potencialidades daquela região. Está inserido na cultura do sertanejo, sendo para esse uma planta sagrada, como bem afirma Euclides da Cunha em seu livro “Os Sertões”.

Este trabalho nasceu do interesse em difundir as informações produzidas cientificamente sobre o umbuzeiro e publicadas em diversos artigos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, anais de congressos e outros.

As informações até hoje geradas para a cultura do umbuzeiro são poucas, mas podem contribuir para o desenvolvimento dessa frutífera e, com isso, gerar mais renda para as pessoas que usufruem direta ou indiretamente dessa planta.

O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arr.Cam.) é uma planta arbustiva da família das anacardiáceas, nativa da região semi-árida do nordeste brasileiro, que tem sido atacada por pragas que causam a queda das inflorescências, ramos novos e frutos, diminuindo sua produção. O presente trabalho foi copilado de uma pesquisa que foi conduzido com o objetivo de identificar as pragas que atacam o imbuzeiro no município de Jaguarari (BA). Os resultados demonstraram que as plantas estavam sendo atacadas por coleópteros de Philoclaenia sp (Coleoptera: Scarabaeidae), causando a queda das flores, dos ramos novos e o retardamento da safra, e, conseqüentemente, a diminuição da produção.

Pragas e doenças do Umbuzeiro :
Pragas: a cochonilha escama-farinha (Pinnaspis sp) ataca ramos finos e frutos; cupim (Cryptotermes sp) escava galerias no caule; lagarta-de-fogo (Megalopyge lanata Stoll) e patriota (Diabrotica speciosa, Germ, 1824) atacam as folhas e abelha-erapuá (Trigona spinipes, Fabr.1973) ataca os frutos. Ainda cita-se ataque de mosca branca (Aleurodicus) e mané-magro (Stiphid).

Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M , Sevin 80).

Doenças: as doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos (Elsinoe sp) e septoriose (Septoria sp).

Uma planta das mais produtivas tem a capacidade de produzir mais de 300Kg/frutos por safra; entretanto, essa produção não é mantida normalmente. Brito et al.(1996) conseguiram uma produção média de 168,8 kg/planta. O período de frutificação é aproximadamente 2 meses e meio (Guerra, 1981), dependendo da região, compreende os meses de dezembro a março.

De acordo com o Censo Frutícola da Codevasf (2001), a área total plantada com umbuzeiros (desprezando plantas nativas) naquele ano era de 509,4 ha, sendo 0,5 ha em formação, 23,0 ha em início de produção, 332,8 ha em produção plena e 153,1 ha já em declínio de produção. Em razão do interesse crescente por essa fruta, pela sua importância econômica e por ser uma alternativa para a fruticultura não-irrigada na Região Nordeste, essa área cresceu consideravelmente nos últimos três anos.

100 gramas de polpa do fruto contem, 44 calorias, 0,6 g. de proteína, 20 mg. de cálcio,14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, 30 mmg. de vitamina A, 33 mg. de vitamina C, 0,04 mg. de vitamina B1 e 0,04 mg. de vitamina B1. O fruto é muito perecível.

 Reumatismo:
O Chá de uma folha do umbuzeiro e a cada dia mais uma folha - 2 vezes ao dia, durante 1 semana, segundo a medicina popular é bom para controlar o Reumatismo.

Estudo sobre os beneficios da soja

ESTUDO SOBRE OS BENEFÍCIOS DA SOJA, NA ALIMENTAÇÃO HUMANA

Araújo, José Arivalter - Engenheiro Agrônomo, Administrador de Empresas, Especialista em Administração da Educação, Estudante de Engenharia de Segurança.

RESUMO

A busca pela qualidade de vida, tem sido uma incansável tentativa de encontrar a formula perfeita e ao mesmo tempo é algo que estamos sempre tentando encontrar, nesta pesquisa estão os alimentos ou tratamentos alternativos ou a volta a suas origens mais intimas em termos de alimentação saudável ou natural, seguindo a receita da vovó, onde os alimentos eram os principais elementos de tratamentos de saúde ou a utilização de chás dos mais variados, entre a rica flora de cada região, com receitas e formulas centenárias, que hoje resgatam-se na eminência de retornar a ter saúde ou no mínimo melhorar sua qualidade de vida. A soja, por ser talvez um dos grãos mais pesquisados, tem uma gama de informações para utilização na culinária ou tratamentos, tais como diabete, osteoporose, menopausa, câncer, problemas renais, obesidade, ou até mesmo cardiovascular, entre outros, utilizando os seus componentes, como óleo, fibra, farinha ou os produtos protéicos. O uso destas proteínas pode ser usado das mais variadas formas, e os resultados podem ser os mais variados, pois vários fatores estão envolvidos, como o organismo de cada usuário, a fonte onde foi desenvolvida a cultura, o tipo de vida de cada pessoa e etc. Esperamos que este trabalho possa trazer informações e conhecimento, para todos os buscadores ou carentes de dados sobre a melhoria da qualidade de vida ou uma vida mais saudável, sem tantas drogas químicas que nos são impostas por laboratórios ou profissionais a serviço destes laboratórios. Os produtos naturais atuam em nosso organismo como auxiliares em nossa alimentação, porém não são substitutos das mesmas. É recomendável que juntamente com o uso dos produtos se tenha uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, cereais integrais, proteínas e baixo consumo de frituras, carnes vermelhas, embutidos, enlatados, defumados e etc. Como a qualidade de vida  diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como saber cuidar do seu corpo ou ter hábitos que lhe façam bem e que lhe tragam boas conseqüências, tendo um bom controle sobre sua própria vida.

Palavras-chaves: proteínas da soja; tratamento de saúde com a soja; qualidade de vida com produtos naturais; diabete; osteoporose; menopausa.





INTRODUÇÃO

Todos querem ter uma alimentação que seja palatável, rica em proteína, mas nem sempre  incorporar alimentos saudáveis aos seus hábitos nutricionais diários faz parte da nossa realidade. Os alimentos hoje não são mais vistos como meramente uma forma de saciar a fome, de prevenir doenças causadas pela dieta deficiente ou de prover ao ser humano dos nutrientes necessários a manutenção do seu organismo, como água, proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais etc. Os alimentos têm-se tornado o dos principais veículos para nos levar a um caminho de ótima saúde e bem-estar.

Nos últimos anos, inúmeros estudos científicos comprovaram a importância de certos alimentos na saúde das pessoas e estes alimentos, que são ricos em componentes ativos, com capacidade para prevenir e, em muitos casos, até mesmo controlar doenças, passaram a ser chamados de alimentos funcionais. Dentre estes alimentos, os mais pesquisados, está à soja com um destaque impressionante, sendo considerado hoje o alimento que apresenta maior quantidade de estudos científicos conclusivos.

A legislação brasileira, conforme resolução da Vigilância Sanitária, o termo correto para definir alimentos funcionais seria: alimentos com propriedades funcionais ou com propriedades de saúde.

Os estudos sobre os benefícios da soja, mostram-nos que, a incidência de cânceres de origem hormonal, fraturas ósseas, doenças cardiovasculares e sintomas da menopausa que é de 5 a 8 vezes menor entre a população oriental, quando comparada à ocidental. Estas pesquisas comprovam que a soja contém dois importantes elementos que atuam beneficamente na redução do risco das doenças: a proteína e componentes ativos que é conhecido como isoflavonas, que é uma classe de estrógenos naturais presentes no grão.

Os benefícios da soja já são de conhecimento da ciência, mas não está na quantidade recomendada na mesa dos brasileiros. Para consumir a quantidade ideal e poder usufruir de todos os benefícios que a soja pode nos proporcionar, o brasileiro deve comer diariamente grandes quantidades do grão, assim como os orientais fazem, mas isto não faz parte do hábito alimentar do brasileiro.

O Brasil é o 2º maior produtor de soja do mundo, seguido pela Argentina com 10% e demais países da América do Sul e da África.

No grão de soja dar-se origem a vários produtos e subprodutos utilizados atualmente pela agroindústria alimentícia e indústria química. Como a proteína de soja que é importante subproduto, está incorporada em vários produtos comestíveis, tais como: os ingredientes de padaria, massas, cereais, produtos de carne, bebidas, alimentação para bebês e alimentos dietéticos. Tem também grande utilidade na indústria de adesivos, alimentação animal, adubos, formulador de espumas, fabricação de fibra, etc. O grão integral é utilizado pela indústria de alimentos em geral onde o óleo cru se transforma em óleo refinado e lecitina, que vai dá origem a inúmeros outros produtos.

DESENVOLVIMENTO

COMPONENTES DA SOJA

A composição do grão da soja é em média, de 40% de proteínas, 20% de lipídios (óleo), 5% de minerais e 34% de carboidratos (açúcares como glicose, frutose e sacarose, fibras e os oligosacarídeos como rafinose e estaquiose). A soja não possui amido. O feijão, apesar de ser uma leguminosa como a soja, não possui as isoflavonas, substância que apresenta inúmeros benefícios à saúde. A cada 100g de grãos contém 230mg de cálcio, 580mg de fósforo, 9,4mg de ferro, 1mg de sódio, 1900mg de potássio, 220mg de magnésio e 0,1mg de cobre, dentre outros compostos. O teor de cálcio nos grãos de soja varia de 160 a 470mg (média de 230mg) por 100g de grãos. Essa quantidade supre em média 30% da necessidade diária de cálcio (800mg), recomendada para adultos (homens) entre 22 a 35 anos, com peso corporal em torno de 70kg. Cada 100ml de extrato de soja ou "leite" contém 52 calorias, 2,5% de carboidratos, 3,4% de proteínas, 2,3% de lipídios, 40mg de cálcio, 105mg de potássio e 1,2mg de ferro, 40mg de vitamina B1 e 120mg de vitamina B2. A soja possui um teor médio de proteínas em torno de 40%, enquanto o do arroz é de cerca de 7% e do feijão, de 20%. Tanto a soja em grão como os produtos derivados como a farinha (kinako), o tofu (queijo de soja), o extrato solúvel ("leite"), a proteína texturizada (PTS ou "carne" de soja) e o missô possuem as isoflavonas. O que varia é a concentração da substância, que é influenciada pelos processos industriais a que é submetida. A isoflavona está presente nos grãos da soja e em alimentos derivados, como o leite. No caso do "leite", por exemplo, está em menor concentração do que no grão. "Sojina" é um nome popular, atribuído aos inibidores de proteases, como o inibidor de tripsina e o inibidor de quimiotripsina, presentes na soja e em todas as outras leguminosas como: feijão, ervilha, lentilha, entre outros. Os inibidores de proteases são fatores antinutricionais, termolábeis, ou seja são inativados pelo calor tanto úmido (cozimento), quanto seco (torrado). Como ninguém se alimenta de soja crua e os produtos derivados da soja sofrem processamento térmico, como o PTS e a farinha, não há nenhum problema em consumi-los, pois esse fator antinutricional está inativado.

Óleo de soja:

Composto lipídico extraído do produto macerado e que representam 18 a 20% da composição nutricional da soja, sendo que encontramos a predominância de poliinsatu-rados (58%), monoinsaturados (23%) e pouca participação de saturados (15%).

O óleo de soja amplamente utilizado na indústria alimentícia, na dietoterapia hospitalar e no consumo domiciliar, possui alta concentração de ácidos graxos linoléicos (51%).

Fibras:

A fibra da soja, preferencialmente do tipo solúvel (30%), é extraída após maceração do feijão. Existe larga utilização na dietoterapia e na indústria alimentícia.

A moderna terapia nutricional preconiza a utilização de suplementos nutricionais, preferencialmente enriquecidos com fibras.

Muitos trabalhos atuais conduzem para a validação clínica de incrementar a participação da fibra solúvel em relação ao tipo insolúvel.

As fibras solúveis da soja auxiliam na diminuição do colesterol e das concentrações de açúcar no sangue, podendo auxiliar no controle do diabetes tipo 2, e as insolúveis auxiliam nas funções gastrintestinais, além de prevenirem o aparecimento do câncer de cólon.

Farinha de soja:

A farinha de soja pode possuir na sua composição a fração lipídica do feijão ou ser produzida após extração do óleo. O processo produtivo incorpora técnicas de maceração e separação por meio de peneiras industriais.

Na composição nutricional da farinha de soja podemos alcançar até 50% de participação protéica.

A indústria alimentícia, principalmente de panificação, incorpora o uso da farinha de soja como fortificante nutricional. Observa-se também seu uso na composição de cremes em forma de pó ou mesmo na indústria de embutidos.

Produtos protéicos:

Os produtos protéicos oriundos da soja podem ser caracterizados como: concentrados protéicos ou proteína isolada de soja.

Após maceração e extração do óleo, a proteína pode ser separada dos açucares por meio de água ou álcool. O processo que envolve a utilização de água possui características que permitem a preservação das isoflavonas.

A indústria de alimentos pode inserir métodos mais modernos para isolar o componente protéico. No método de produção do concentrado protéico obtemos 60% de proteínas, já no isolado protéico, a participação de proteínas pode atingir 90%.

A proteína de soja pode ser utilizada como incremento funcional aos alimentos ou participar como principal nutriente de alimentos comerciais. Nesse caso, a indústria atua incorporando sabores e formatações comerciais.

Proteína isolada de soja:

A proteína de soja é uma fonte protéica excepcional e componente comestível do grão da soja, produzida através de um processo em que são removidos os lipídeos e os componentes não digeríveis dos grãos. Dependendo do processo utilizado, a proteína pode se apresentar na forma isolada, concentrada ou como farinha, sendo então transformada em proteína de soja texturizada ou proteína vegetal texturizada, utilizadas na fabricação de carnes vegetais ou outros alimentos. Além dos alimentos que utilizam a própria proteína da soja como ingrediente, outras fontes dessa proteína são os alimentos preparados a partir do grão da soja tais como tofu, leite e iogurte de soja. Os alimentos preparados a partir da proteína ou do grão de soja podem substituir parcialmente a proteína animal.

O consumo de alimentos preparados com esses compostos pode ser dirigido especifica-mente à terapia nutricional (Nutrição Enteral e oral especializada) ou a nutrição popular (leites especiais e compostos nutricionais fortificados).

Os benefícios do uso da proteína da soja em substituição à proteína animal foram objetos de diversos estudos a partir da constatação que a população asiática, grande consumidora de alimentos à base de soja, apresenta menor incidência de doenças cardiovasculares quando comparada a outras populações. Os japoneses consomem cerca de 55g/dia de proteína de soja, enquanto que os americanos consomem menos que 5g/dia.

Comparando a proteína de soja com as demais (do trigo, do leite, dos ovos e da carne), observa-se que a proteína de soja contém maiores quantidades dos aminoácidos anabólicos, arginina e glutamina, além de apresentar grandes quantidades de aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina) em relação ao padrão de requerimento de aminoácidos para crianças de 2 a 5 anos até a fase adulta recomendado pela National Academy of Sciences and World Healt Organization.

A qualidade de uma proteína é relacionada com o teor de aminoácidos, sua digestibilidade e sua capacidade de suprir os aminoácidos essenciais adequados às necessidades humanas.
O método de avaliação da qualidade da proteína, PDCAAS (Protein Digestibility-Corrected Amino Acid Score), foi recomendado pela FAO/WHO (Food Agriculture Organization/World Health Organizatio) e adotado pela FDA (Food and Drug Administration) em 1991 para avaliação de todos os alimentos destinados a adultos e crianças acima de 1 ano de idade. De acordo com este método, que estabelece uma escala de 0 e 1, a Proteína da soja possui um valor mínimo de 0,8, próximo ao valor da carne bovina, de 0,92, e da caseína, 1,0.

A proteína da soja é fonte de cálcio, fósforo e minerais; possuem baixo teor de gordura e contam com a vantagem adicional de ser de origem vegetal e não conter colesterol.

Isoflavonas:

São as substâncias presentes na soja, pertencem à família dos polifenóis, os quais possuem importantes atividades biológicas tais como: atividade antioxidante, como é o caso dos isoflavonóides, que apresentam estrutura semelhante ao estrógeno humano e sintético, atividade antifúngica, propriedades estrogênicas e atividade anticancerígena. Por apresentar atividade estrogênica, estas substâncias são comumente referidas como fitoestrógenos.

A soja possui três tipos de isoflavonas: agliconas, glicosídeos, acetilglicosídeos e malonil-glicosídeos. As formas agliconas são as formas ativas do nosso corpo, ou seja, aquelas verdadeiramente absorvidas pelo nosso organismo.

A concentração de isoflavonas na soja e seus derivados podem variar muito, pois depende da variedade do grão, solo, clima, local onde foi cultivada e principalmente o tipo de processamento utilizado no preparo do alimento.

Absorção e Metabolismo:

As isoflavonas quando consumidas, são hidrolisadas no intestino delgado por beta-glicosidases intestinais, as quais liberam as agliconas biologicamente ativas. Estas são absorvidas ou fermentadas pela microflora intestinal, dando origem a seus metabólitos (daidzeína, genisteína e gliciteína).

As isoflavonas absorvidas são então transportadas para o fígado, onde são removidas da circulação sanguínea, retornando ao intestino pela via biliar, podendo ser excretada pelas fezes. Porém, uma porcentagem consegue escapar e entrar na circulação periférica, alcançando os tecidos, sendo eliminadas pelos rins, de maneira similar aos estrógenos endógenos.

A biodisponibilidade das isoflavonas da soja é influenciada por um intestino saudável, com a microflora capaz de converter estas isoflavonas às suas formas ativas. Estudos mostram que a administração de antibióticos bloqueia seu metabolismo.

Mecanismo de Ação:               

As isoflavonas da soja podem agir de três formas:

Ø Ligam-se aos receptores de estrógeno, exercendo ação estrogênica ou antiestrogênica, dependendo do nível de hormônios sexuais. Estudos mostram que este efeito estrogênico apesar de fraco, pode exercer efeito agonístico e antagonístico sobre os estrogênios endógenos, porque competem pelos mesmos receptores. As isoflavonas têm portanto, efeito benéfico durante toda a vida reprodutiva da mulher e durante o climatério.

Ø A atuação de fitoesteróis genisteína e daidzeína, sobre os receptores ß-estrogênicos presentes no fígado, têm como consequência uma melhora do perfil lipídico, justificada por um incremento do número de receptores hepáticos de colesterol LDL, o que favorece o catabolismo de colesterol. Esta estimulação dos receptores ß-estrogênicos dá lugar a uma inibição de lipase hepática, implicada no metabolismo de colesterol HDL, ocasionando seu incremento.

Ø Inibem a atividade de enzimas como a tiroxina proteína quinase, responsável pela indução tumoral promovida pela fosforilação dos oncogenes ente outras que controlam o crescimento e a regulação celular; e também aumentam a concentração do fator b de crescimento tumoral (TGF b), que atua na inibição do crescimento de células cancerosas.

Ø Inibem a produção de oxigênio reativo, que está envolvido na formação de radicais livres, mostrando o efeito antioxidante das isoflavonas. Estudos mostram que como antioxidantes, têm a capacidade de neutralizar ou tornar mais lenta a taxa de oxidação do LDL – colesterol. A genisteína inibe também a agregação plaquetária e a migração e proliferação de células da musculatura lisa.

Aplicações clínicas da isoflavona

Doenças cardiovasculares e hipercolesterolemia:

Talvez este lado preventivo das isoflavonas tenha sido um dos mais discutido nos últimos, consolidando o termo Nutraceutical – alimento terapêutico. Com efeito, as evidências de que isoflavonas, em especial a genisteína da soja, reduz os níveis de colesterol total sanguíneo são tantas que tal efeito é atualmente informado ao consumidor, através dos rótulos dos alimentos, conforme autorização da FDA.

Em 1999, o FDA (Food and Drug Administration) autorizou o uso de alegação de saúde em alimentos contendo proteínas de soja, atestando o papel deste componente na redução do risco de doenças cardiovasculares. O FDA concluiu que, alimentos contendo proteína de soja associados a uma dieta de baixo teor de gordura saturada, podem reduzir o risco de doença cardiovascular, pela diminuição dos níveis de colesterol. Para que possa ser mencionada a alegação de saúde no rótulo, os produtos devem conter no mínimo 6,25g de proteína de soja por porção, o que representa ¼ dos 25g/dia encontrados pelos pesquisa-dores, como tendo efeito saudável para o coração.

Muitos estudos apontam para conclusões que têm sido unânimes: as isoflavonas diminuem os níveis de colesterol total, diminuem a fração LDL a aumentam a fração HDL no sangue. São os efeitos esperados de uma droga ou nutriente para o tratamento das dislipidemias, especialmente nos indivíduos com história familiar.

Em 1995, Anderson e colaboradores publicaram no New England Journal of Medicine uma meta análise correlacionando o consumo de soja e o risco reduzido para doenças cardiovasculares. Pela combinação dos resultados de 38 estudos clínicos que investigaram os efeitos da proteína de soja sobre os lipídios séricos, os pesquisadores concluíram que um mínimo de 25g de proteína de soja/ dia, reduz os níveis de colesterol total (9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e triglicerídios (10,5%).

Teede et al avaliaram em um estudo duplo-cego, a pressão sanguínea, a lipidemia e a função vascular e endotelial de 213 pessoas saudáveis, consumindo isolado protéico de soja ou placebo durante 3 meses. Nas pessoas que consumiram soja, o conteúdo de fitoestrógenos na urina aumentou e a pressão sanguínea reduziu significativamente. A soja causou grande alterações também na lipidemia, com redução na taxa de colesterol e triglicérides. Porém estudos recentes mostram que apesar das isoflavonas apresentarem efeitos sobre a complacência arterial, elas não alteram a taxa de colesterol, a não ser que a ingestão venha acompanhada de proteínas da soja.

A redução do colesterol plasmático, quando se ingerem produtos de soja, está bem provada, mas, para se demonstrar a diminuição da incidência de doenças cardiovasculares ateroscleróticas, faltam ensaios clínicos convincentes .

Dentre os mecanismos propostos, podemos relacionar alguns:

- Aminograma: a relação arginina/lisina, maior na soja em comparação com a caseína, promoveria alguma ação protetora e de menor incremento na aterosclerose;
- Fibras: O polissacarídeo de soja poderia, em grandes quantidades, estar relacionado com a hipocolesterolemia;
-Ácido Fítico: O acido fítico, encontrado na soja, promove quelação do ferro, cálcio, zinco e magnésio no trato gastro intestinal, diminuindo sua absorção Dietas com alta relação Zinco/Cobre estão relacionadas com hipercolesterolemia, deste modo, com a ação quelante do ácido fítico ocorreria déficit de Zinco e menor relação Zinco/Cobre;
-Saponinas: As saponinas atuam no incremento da eliminação de bile a nível intestinal;
-Inibidores da Tripsina: Os inibidores da tripsina, no caso especifico da soja, o chamado Inibidor de Bowman-Birk, estão relacionados com o incremento da função vesicular e deste modo, incremento na produção e eliminação da bile;
-Globulinas de soja: As globulinas poderiam estimular a captação de LDL-colesterol por receptores hepáticos;
-Isoflavonas: O grupo dos fitoquimicos possui compostos classificados como fitoestrógenos, nesses existem compostos como a genisteina, gliciteína e daidzeina, que possuem efeito estrogênico. Os efeitos relacionados a essa característica, mostram maior captação hepática do LDL-colesterol, incremento na elasticidade arterial e melhora do tonus vasomotor arterial.

Menopausa:

Os sintomas característicos da menopausa incluem ondas de calor, insônia, transpiração forte, dor de cabeça, mudança de humor, nervosismo, irritabilidade, depressão e dor vaginal, entre outros. Somente um terço das mulheres asiáticas apresentam este quadro devido ao alto consumo de produtos de soja.

Pesquisadores da Califórnia acabam de publicar um trabalho, no qual mostraram que a ingestão de 25g de soja por dia, contendo 107mg de isoflavonas tem resultados benéficos sobre o tônus vasomotor, independentes de ações antioxidantes e de diminuição de lipídeos plasmáticos. O estudo foi realizado com 28 mulheres pós-menopausadas saudáveis com índice de massa corpórea (IMC) menor de 30 e que não usaram terapia de reposição hormonal nos últimos seis meses. Os autores puderam concluir que o suplemento fornecido auxiliou na manutenção de reatividade vascular em mulheres após a menopausa.

Estudos mostram que a ingestão diária de 45mg de isoflavonas modifica as características do ciclo menstrual, prolongando sua duração. Os estudos lembram que os ciclos longos estão relacionados a um baixo risco para câncer de mama e esse efeito não ocorre quando se ingere alimento a base de soja sem isoflavonas.

Brzezinski e cols realizaram um estudo com 145 mulheres pós-menopausadas, recebendo dieta rica em fitoestrógenos (mais de 60mg isoflavonas/dia), mostrando redução dos sintomas da menopausa em 50%, dos fogachos em 54% e da secura vaginal em 60%. Em outros dois estudos com mulheres na menopausa, os resultados foram positivos havendo alívio dos sintomas vasomotores, diminuição da incidência e severidade das ondas de calor.

Espanha um estudo multicêntrico, com 190 mulheres menopausadas, também observou uma diminuição significativa dos sintomas, principalmente em relação às ondas de calor.

ALIMENTOS QUANTIDADE DE ISOFLAVONA

Ø  ½ xíc. farinha de soja sem gordura 257mg;
Ø  ½ xíc. farinha de soja crua 210mg;
Ø  ½ xíc. grãos de soja 216mg;
Ø  ½ xíc. tofu cru 76mg;
Ø  1 xíc. de leite de soja 48mg;
Ø  90mg de hambúrguer de soja 8mg;
Ø  1 colh. de sopa de molho de soja 0,3m
Fonte: Food News, 1998.

 Osteoporose:

Osteoporose vem do latim e significa “osso poroso”. É uma doença esquelética sistêmica caracterizada pela redução de massa óssea e deterioração do tecido ósseo, levando à sua conseqüente fragilidade e maior susceptibilidade a fraturas.

É uma doença de caráter multifatorial: hereditariedade, atividade física, estado hormonal, tabagismo, uso de medicamentos, consumo de álcool e fatores nutricionais são determi-nantes para o seu desenvolvimento.

A doença atinge principalmente as mulheres devido à cessação da função ovariana e perda de efeito protetor do estrogênio. Cerca de 30% das mulheres e 16% dos homens acima de 50 anos apresentam fraturas osteoporóticas. A perda de massa óssea esperada durante a menopausa é de 15%.

Alguns estudos experimentais sugerem que a isoflavona pode contribuir para a saúde óssea devido à sua semelhança química com a ipriflavona, substância que mostrou aumentar a massa óssea em mulheres na menopausa.

Atualmente, vários trabalhos têm demonstrado que a ipriflavona, além de inibir a perda dos ossos, pode estimular diretamente na sua nova formação. A ipriflavona é um isoflavonóide semi-sintético estruturalmente similar aos isoflavonóides da soja - compostos que podem ser responsáveis pelo aumento da densidade óssea em mulheres que estão na pós-menopausa.

Alguns estudos italianos mostraram que 200mg de ipriflavona três vezes ao dia, com ou sem a suplementação de cálcio, reduz a perda óssea na pós-menopausa.

Estudos mostram que a soja, além do efeito estrogênico, pode atuar de outra maneira, exercendo um efeito calciúrico, sendo mais intenso quando a ingestão excede a necessidade. A calciúria é muito menor quando se inger a proteína da soja, provavelmente devido ao baixo conteúdo de aminoácidos sulfurados presentes.

Abaixo segue um quadro com alguns tipos de alimentos e a quantidade de isoflavonas. Os dados relativos aos benefícios no uso da ipriflavona carecem de maiores validações científicas e comprovações clínicas.

Na verdade, é muito mais fácil prevenir a osteoporose do que tratá-la. Como se sabe, os níveis de estrogênio caem acentuadamente após a menopausa, aumentando o risco da mulher ter osteoporose.

Câncer:

Estudos “in vitro” demonstram que a genisteína inibe o crescimento de uma ampla variedade de células neoplásicas, incluindo células de mama, células de cólon e células da pele, além de inibir a atividade metastática de células de câncer de próstata.

Algumas isoflavonas, com genisteína (forma aglicona) têm grande poder de controle de células cancerosas. Genisteína também inibiu o crescimento de células tumorais da próstata humana quando comparada à sua forma glicolisada.

Diabetes:

A soja também tem demonstrado exercer papel protetor no controle das alterações metabólicas do diabetes. A fibra alimentar dos grãos da soja tem reduzido os níveis plasmáticos de glicose em indivíduos diabéticos tipo II.

Librenti M.C, estudou o efeito de glicose sanguínea e insulina na ingestão pré-prandial de fibras de soja e mostrou bons resultados na curva glicêmica obtida.

Além da eficácia da fibra da soja na manutenção dos níveis plasmáticos de glicose em diabéticos, a adição dessa fibra parece diminuir o aumento das taxas de glucagon pós-prandial e polipeptídeos pancreáticos, enquanto aumenta os níveis de somatostatina.
 As proteínas da soja ao atingirem os rins aumentam a formação de óxido nítrico nas células endoteliais da arteríola eferente, ocorrendo vaso-dilatação local, com queda na pressão intra-glomerular e menor lesão das estruturas de filtração. Assim, dá-se acentuada queda da microalbuminúria e da proteinúria, com redução do risco de complicações e diminuição na velocidade de progressão da lesão renal. Isto é vital nestes pacientes, onde a insuficiência renal crônica é sempre uma complicação inexorável.

Evidências de que os fitoestrógenos da dieta têm um papel benéfico na obesidade e diabetes estão emergindo. Estudos de intervenção nutricional, realizados em animais e humanos sugerem que a ingestão de proteína da soja associada às isoflavonas melhora o controle da glicose e a resistência à insulina. Em experimentos com animais em relação à obesidade e diabetes, a proteína de soja tem demonstrado reduzir a insulina sérica e a resistência à insulina. Em estudos com humanos com ou sem diabetes, a proteína de soja também parece moderar a hiperglicemia e reduzir o peso corporal, a hiperlipidemia e a hiperinsulinemia, respaldando seus efeitos benéficos na obesidade e diabetes.

Contudo a maior parte desses estudos clínicos eram relativamente pequenos, e envolviam um reduzido número de pacientes. Além disso, não está claro se os efeitos benéficos da proteína de soja são devido às isoflavonas ou algum outro componente.

Na realidade, portanto, as fibras da soja auxiliam na prevenção e no controle do quadro de dislipidemia que é muito comum no diabético, e assim diminui o risco de doenças cardiovasculares, além de facilitar o controle da obesidade e controlar a obstipação intestinal.

Doença Renal Crônica:

Existem evidências crescentes que os fitoestrógenos da dieta possuem um papel benéfico nas doenças renais crônicas. Estudos de intervenção nutricional têm mostrado que o consumo de proteína de soja, reduz a proteinúria e atenua a função renal.

Não esta claro quais componentes da soja são responsáveis pelos efeitos protetores observados. As ações biológicas das isoflavonas têm sido bem definidas em diferentes tipos de células, tanto in vitro como in vivo, mas o mecanismo pelo qual estes compostos podem reduzir os danos renais, precisam ser elucidados. Mecanismos possíveis incluem a inibição do crescimento e proliferação celular via mecanismos mediados pelos receptores de estrógeno ou por caminhos mediados por não receptores envolvendo a inibição da proteína quinase, modulação dos fatores de crescimento envolvidos na síntese da matriz extracelular e fibrogênese, inibição da ativação citocínica dos fatores de transcrição, inibição da angiogênese, ação antioxidante, supressão do fator de ativação e agregação plaquetária e atividade imunomoduladora .

Dose recomendada

As quantidades benéficas das isoflavonas não são, ainda, bem estabelecidas, porém diversos estudos indicam os teores de 45 a 55mg/dia.

A dose e a duração de consumo são os principais fatores que influenciam nos resultados clínicos e biológicos das dietas ricas em fitoestrógenos. Atualmente, de acordo com as orientações do FDA, 40 a 60mg de isoflavonas/dia na forma de aglicona é recomendado para se obter os benefícios e essa quantidade diária é recomendada com base no consumo estimado de soja dos povos asiáticos, embora existam dados mostrando que o consumo de isoflavonas pelos orientais pode chegar a mais de 100mg/dia.

Conclusão

A soja é um dos vegetais que contém a isoflavona, mas o mais importante é você ter o habito de buscar a preservação da sua saúde, com alimentação saudável, fazer exercícios físicos, como caminhada, não abusar com refrigerantes, massas, fritura etc. Nenhum tratamento pode dar resultado se a pessoa não tiver disciplina, principalmente seguindo os princípios aqui citados.

O que podemos demonstrar é que em outros países onde a alimentação com base em soja, a incidência de determinadas doença são bem menores e com melhor qualidade de vida.
Referências bibliográficas:s
1.      COSTA, N.M.B. e BORÉM, A. Biotecnologia em Nutrição – saiba como o DNA pode enriquecer os alimentos. São Paulo: ed Nobel, 2003

2.      Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999 (republicada em 03/12/1999) e Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999 (republicada em 10/12/1999).


4.      www.aboissa.com.br

5.      TRINDADE E.A et al. Proteínas de soja como fonte de nutracêuticos. Revista Racine Maio / junho 2001; 62 : 26-32

6.      MAGNONI D. A importância socioeconômica da soja. Revista Qualidade em Alimentação e Nutrição, nº 9, 2001.

7.      BERGMAN A.C.M. Soja: o que mostram as evidências. Ver Qualidade em Alimentação e Nutrição. nº 12, 2002.









quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Receitas de doce com o tuberculo de mamão de veado

Processo de Fabricação



- Faz-se a coleta em campo;
- Transporta-se para o setor de fabricação;
- Lava o tubérculo, retirando a terra;
- Corta o tubérculo em pedaços;
- Rala e espreme, retirando a água;
- Coloca na panela;
- Acrescenta 5 kilo de açúcar;
- Quando estiver queimando o açúcar, está no ponto;
- Se necessário coloca um pouco de água,
- Após ferver acrescenta mais 3kg de massa enxuta, mexendo até dá o ponto.
- Retira do fogo e bate até esfriar
- Coloca na mesa e corta;
- Após esfriar, coloca no plástico e vai para a feira, para ser comercializado.


Receita do processo
Mamão com Coco:

- Rala a batata, espreme a água na prensa;
- Queima o açúcar;
- Tempo de 1:30 a 3:00 horas;
- Espalha em uma mesa e corta.

Mamão com Cabeça de Frade
                              
- Rala a Batata, espreme a água na prensa;
- Queima o açúcar, seguindo o mesmo processo;
- Tempo pode chegar até 6 horas de fogo.
- Espalha na mesa e corta.



Mamão com Amendoim:

- Após fazer todo o processo com o mamão, acrescenta o amendoim.
Pretende fazer com: Abobora, Beterraba, Mamão, Abacaxi, Umbu, Aipim (Macaxeira), Cenoura, Melancia e Batata Doce.

Viver a vida e o meio ambiente

No sertão baiano um doce muito consumido pela sua população é o doce de mamão de veado.

Um arbusto que tem uma tuberosa (batata) muito rica em proteínas e que além de ser largamente utilizada na culinária baiana, é também utilizada na alimentação animal no período da seca, principalmente pelas suas qualidades protéicas e também por ser um armazém natural de água, no momento de aperto (sede).

                                        
                                                                Foto de José Arivalter

Chamado de mamão de veado, pois ele tem um formato de mamão e é muito apreciado pelo animal, veja a foto do fruto.
 Foto de José Arivalter

O xilopódio do mamãozinho-de-veado é uma boa fonte de nutrientes e água para os animais e aos 120 dias de crescimento contém até 30% de proteína bruta (ARAÚJO e BRITO, 1998). O mamãozinho-de-veado encontra-se pouco disseminado no semi-árido, apresentando bom desenvolvimento em latossolo vermelho-amarelo, com pluviometria média anual entre 400 a 800 mm.