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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Resumo seminario sobre Umbu

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSANIDADE
Disciplina: Entomologia Aplicada
Prof. Jacinto de Luna Batista
Aluno: José Arivalter Araújo
Seminário sobre Umbu

Spondias tuberosa Arruda (Família Anacardiaceae)

A palavra imbu e a variação umbu têm origem no tupi-guarani “Y’m’bu”, que significa “árvore que dá de beber”, em alusão à água contida nas túberas, que era consumida pelos índios que habitavam as caatingas.

O umbuzeiro não é apenas uma simples frutífera nordestina; ele é, antes de tudo, um destacado representante das potencialidades daquela região. Está inserido na cultura do sertanejo, sendo para esse uma planta sagrada, como bem afirma Euclides da Cunha em seu livro “Os Sertões”.

Este trabalho nasceu do interesse em difundir as informações produzidas cientificamente sobre o umbuzeiro e publicadas em diversos artigos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, anais de congressos e outros.

As informações até hoje geradas para a cultura do umbuzeiro são poucas, mas podem contribuir para o desenvolvimento dessa frutífera e, com isso, gerar mais renda para as pessoas que usufruem direta ou indiretamente dessa planta.

O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arr.Cam.) é uma planta arbustiva da família das anacardiáceas, nativa da região semi-árida do nordeste brasileiro, que tem sido atacada por pragas que causam a queda das inflorescências, ramos novos e frutos, diminuindo sua produção. O presente trabalho foi copilado de uma pesquisa que foi conduzido com o objetivo de identificar as pragas que atacam o imbuzeiro no município de Jaguarari (BA). Os resultados demonstraram que as plantas estavam sendo atacadas por coleópteros de Philoclaenia sp (Coleoptera: Scarabaeidae), causando a queda das flores, dos ramos novos e o retardamento da safra, e, conseqüentemente, a diminuição da produção.

Pragas e doenças do Umbuzeiro :
Pragas: a cochonilha escama-farinha (Pinnaspis sp) ataca ramos finos e frutos; cupim (Cryptotermes sp) escava galerias no caule; lagarta-de-fogo (Megalopyge lanata Stoll) e patriota (Diabrotica speciosa, Germ, 1824) atacam as folhas e abelha-erapuá (Trigona spinipes, Fabr.1973) ataca os frutos. Ainda cita-se ataque de mosca branca (Aleurodicus) e mané-magro (Stiphid).

Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M , Sevin 80).

Doenças: as doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos (Elsinoe sp) e septoriose (Septoria sp).

Uma planta das mais produtivas tem a capacidade de produzir mais de 300Kg/frutos por safra; entretanto, essa produção não é mantida normalmente. Brito et al.(1996) conseguiram uma produção média de 168,8 kg/planta. O período de frutificação é aproximadamente 2 meses e meio (Guerra, 1981), dependendo da região, compreende os meses de dezembro a março.

De acordo com o Censo Frutícola da Codevasf (2001), a área total plantada com umbuzeiros (desprezando plantas nativas) naquele ano era de 509,4 ha, sendo 0,5 ha em formação, 23,0 ha em início de produção, 332,8 ha em produção plena e 153,1 ha já em declínio de produção. Em razão do interesse crescente por essa fruta, pela sua importância econômica e por ser uma alternativa para a fruticultura não-irrigada na Região Nordeste, essa área cresceu consideravelmente nos últimos três anos.

100 gramas de polpa do fruto contem, 44 calorias, 0,6 g. de proteína, 20 mg. de cálcio,14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, 30 mmg. de vitamina A, 33 mg. de vitamina C, 0,04 mg. de vitamina B1 e 0,04 mg. de vitamina B1. O fruto é muito perecível.

 Reumatismo:
O Chá de uma folha do umbuzeiro e a cada dia mais uma folha - 2 vezes ao dia, durante 1 semana, segundo a medicina popular é bom para controlar o Reumatismo.

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